TRÊS EM UM!

Último dia de 2009. E 3 em 1, como soe dizer-se:
- A Beatriz completará 4 meses quando virarmos para 2010.
- O Mano Novo acaba de ter alta em Santa Maria e vai passar o fim de ano em casa.
- Na nossa concluimos 1 ano - creio que pela 1ª vez - sem sobressaltos graves de saúde.
Continuamos vivos, sãos e salvos para mais uma batalha que se avizinha. Dizem que a "crise" continua, mas haja confiança em nós próprios, no sentido de sermos os primeiros a fazer com que ela não nos afecte mais do que o mínimo da colateralidade que ela encerra.
Hoje em casa estaremos poucos mas bons. O Pedro estará por Aljezur com a sua equipa de amigos. O Igor estará connosco até às 00H01. Depois será o primeiro a trabalhar para este País, dado que pelos vistos é o que está mais atrasado de todos na contribuição para o crescimento do PIB.
Eu pessoalmente estou algo duvidoso com 2010. É número par. É ano com cerca de 40% de dias de descanso. É ano em que teremos que provar que mesmo assim vamos vencer a crise. Vencer descansando mais? Provavelmente, mas não estou muito nessa!
Tenho para mim que àparte a "crise" outros desafios se colocam no âmbito daquilo que gosto que é o HP: estamos no ponto de viragem para dar um salto ainda maior. Mas temos que sair vencedores. Haja saúde e vontade para ganharmos todas as batalhas que começam já amanhã. Hoje é o último dia de um passado que foi positivo.
Em todas as facetas das nossas vidas, o 2010 tem que ser ANO DE VIRAGEM.
Um Feliz Ano a Todos.

TROCAS E BALDROCAS.

Tenho acompanhado com alguma surpresa as últimas "compras" de Natal do meu Sporting e fico completamente assustado com a situação de um momento para o outro se decidir ir ao mercado para trazer jogadores que vieram de outras "canteras", até à data sem qualquer peso na formação de jogadores e de homens.
Vi partir Hugo Viana, depois regressar e partir de novo para Espanha. Esta época veio para Braga, onde é pedra fundamental. Vi partir Silvestre Varela que andou perdido em equipas de pequena nomeada e hoje é a pérola do FCP.
Vejo chegar João Pereira, o tal que em 2004/5 nos tirou da final da Taça de Portugal, precisamente numa encenação que levou à expulsão do Nosso Hugo Viana. Em muitos jogos que vi, ao vivo, observei a pouca simpatia das gentes de Alvalade para com aquele jogador, sobretudo da parte daquela claque que agora o recebeu em braços num Jantar de Natal, bem recheado de figuras ilustres do meu Clube.
Interessante, como esta maré foi muito mais forte que os marinheiros e se esquece que este rapaz veio pela módica quantia de 3 milhões de Euros!!! Não teria sido suficiente para "agarrar" o Silvestre Varela e o Hugo Viana? Os nossos já os conhecemos de pequeninos! Os outros bem os conhecemos por tudo o que de negativo nos fizeram. Mas, nesta "Indústria" ainda há quem os recompense, talvez por falta de memória.
Como aqui já disse, a mim surpreende-me esta forma de gerir os dinheiros emprestados e que aumentam o nosso endividamento. Lutar por um 4º lugar ou mesmo um 3º lugar valerá tanto a pena este investimento? Estamos a investir sempre para o ano a seguir ou a hipotecar outros valores, como por exemplo, o ECLETISMO deste meu Sporting, que esmorece cada dia que passa por andar com várias casas às costas? Há cada vez mais simpatizantes a deixarem de acreditar no Clube que o nosso Fundador quis que fosse um Grande e um dos Maiores da Europa.
Para já, diz-se que se investiram 9.5 milhões em apenas 2 aquisições. Espero bem que não continuemos a chorar sobre o leite derramado. Obviamente que não me revejo apenas no Futebol, embora considere que deveria ser a mola real para tudo o resto que o Clube representa. É muito mau passarmos tantos anos sem títulos e sem casa para as todas as outras nossas Modalidades, que são ao fim e ao cabo a montra do Universo Leonino.

TRATAMENTO DIFERENCIADO

Há dias regressava de Madrid em voo da nossa C.ia Aérea e logo no "chek-in" verifiquei que havia uma mensagem "chapa 5" para todos os passageiros: "el vuelo esta retrazado unos 15 minutos".
Dada a experiência que tenho nesta matéria, comentei para o meu colega que de facto 15 minutos não é atraso assinalável. Todavia, acrescentei: - Zé, prepara-te para umas horitas!
Passadas 2h20, embarcámos, finalmente, para Lisboa e como de costume pûs os meus óculos para aumentar um pouco as letras do jornal que recolhi para ler. Ainda nem a 1ª pag estava revisitada e ouvimos o Comandante dizer que apresentava as suas desculpas pelo ATRASO NA SAÍDA POR CHEGADA TARDIA DESTA AERONAVE!!!! À minha volta soltaram-se sorrisos de sarcasmo pelo "tout court" da mensagem do Sr Comandante. Continuei a ler o jornal e eis que ao virar de página vem a vez do turista e estarangeiro, esses sim, com direito à seguinte mensagem:
- Good evening Ladies and Gentlemen, your Captain speaking. First of all, I would like to present my apologises due to this late departure. Some restrictions of traffic were the origin of this delay, but we will do our utmost to recover. The weather is good and sky is clear. Temperature in Lisbon is quite good for the season: 14ºC. (Minhas Sras e meus Srs, boa noite. Fala-vos o Capitão. Antes de mais, gostaria de vos apresentar as minhas desculpas por esta partida atrasada a qual se deveu a restrições de tráfego. Farei o meu melhor para tentar recuperar este atraso. O tempo em rota está bom, o céu limpo. A temperatura em Lisboa é bastante boa para a época: 14ºC).
Interroguei umas das hospedeiras sobre este tratamento diferenciado. Ela retorqui-me:
- Sabe, o Sr protesta mas não sabe por acaso que tivemos uma avaria de alguma gravidade antes de sairmos de Lisboa?
E deixou-me a falar sozinho. Efectivamente, uma avaria em Lisboa parece ter justificado o "atraso na saída por chegada tardia da aeronave".
Da próxima vez que no "check-in" dessa C.ia me disserem que prevêem um atraso de 15 minutos, optarei por procurar uma alternativa. Nem que seja o regresso de carro. Será sempre uma oportunidade para fazer uma paragem no caminho para saborear uma boa "caña" acompanhada de "un plato de embutidos ibéricos y queso manchego", sempre melhor que a malfadada sanduiche que sabe a coisa nenhuma. E juro-vos que não chegariamos mais do que 1h depois da aeronave que aterrou, finalmente, em Lisboa.
A este Comandante e respectiva tripulação os meus Votos de um Feliz 2010, sem atrasos que o venham a obrigar a falar duas línguas para dizer duas coisas diferentes, mas convergentes. Proponho que esta C.ia invista na tradução em simultâneo de modo a evitar tratamentos diferenciados...

ESTRANHA COINCIDÊNCIA.

Esta manhã ainda estava a disfrutar do aniversário da Inês e recebo uma chamada a dar-me conhecimento da hospitalização do meu Mano Novo. Estranha coincidência! É como a mistura de mel e fel.

Rapidamente se dá um contacto via telemóvel, esta forma expedita de chegar mais depressa que de carro e fico a saber que há uma bactéria vadia que se alojou no pé do Mano Novo.

Depois da visita da tarde, verifico que o diagnóstico sobre a dita bem como a extensão da estadia ainda não estão definidos. Uma coisa que me surpreende no meu Mano Novo é a calma e tranquilidade com que tem enfrentado tamanhas contrariedades. E já foram muitas. Inclui-se nesse rol um transplante renal muito bem sucedido, após um período de grande sofrimento com passagem por hemodiálise, onde o silêncio o acompanhava pelo menos 4 horas diárias.

Não há pessoa mais positiva que vê a vida como uma passagem que tem obstáculos de índole diversa, mas sempre com uma palavra que transforma o difícil e duro em coisa passageira.

Soe dizer que tirou mais uns dias de férias para ir tratar umas maleitas ao Hospital de Sta Maria, onde, de ser tão conhecido, até de lugar de estacionamento usufrui. Na despedida, dizia-me:

- Olha, dá um beijinho à Inês e a todos. Cantem os parabéns, por mim. Eu depois, quando sair vou propôr um jantar para estarmos todos. Isto não é nada!

E assim o deixei despedindo-me, como sempre aprendemos, com dois beijos na cara.

Estranha coincidência, mas como diz o Mano Novo, vamos andando até que Deus queira. Ele é que manda nisto tudo!

FOI ÀS 16H07...HÁ 27 ANOS!

São 02h10 da manhã e os primeiros sinais chegam. Eu dei uma volta na cama e disse à mãe para acalmar que a noite ainda estava a começar. Não queria sequer acreditar que a "menina" estivesse a querer nascer àquela hora! Os sinais de dilatação e contraccões haviam começado. Saída para a CVP às 04h30, internamento 20 minutos depois. Foi uma longa etapa. Após 11 horas de exercitação que metia uma inovação chamada "respiração à cão", e sem que os resultados aparecessem, eis senão quando somos confrontados pelo Meleiro e Sousa, com uma grande frieza: - Deixem de respeirar à cão! A cachopa não pode esperar mais e vamos ter que a pôr cá fora!
Recurso a cesariana e às 16h07 do dia 28/12/1982 nasce a nossa Inês, que acabou de solicitar os apelidos "Faria" da parte da mãe e "Borges" da parte do Pai.
Tem sido um percurso bonito. Cresceu, estudou, lutou por um Curso e buscou o emprego, escolheu com quem viver e já nos deu a estrela - BEATRIZ - que alumia os mais de 50 anos de avós babados e faz as delícias do Tio Pedro de 23 anos e do Tio Dário de 10 anos. E está claro do Papá Igor!!!
Obrigado Filhota por esta tão curta mas recheada caminhada de vida que nos tem proporcionado momentos muito Felizes.
Este dia vai ser mais um dos muitos que ainda terás que percorrer na senda da Felicidade que te espera. Mas que pela qual terás que lutar. Enquanto estivermos contigo, conta com todo o carinho que se vem cimentando desde o dia que vieste para ficar connosco.
Um beijo do Pai.

HÁ DEZ ANOS...

Faz agora 10 anos que o SCP procurava, em quadra Natalícia, reforçar o seu plantel de futebol. Estádio estava quase sempre cheio e não se ganhava um título há 17 anos. Opção foi lutar por um título que fugia desde 1981/82. E apareceram César Prates, André Cruz e Mbo Mpensa. A custo zero, dizem. E foi assim que a 14/05/2000, dia seguinte à visita de João Paulo II, que o SCP se sagra Campeão Nacional, em Paranhos, ao derrotar o Salgueiros. O FCP perdia no Gil Vicente. E Inácio ofereceu o título a seu Pai que havia partido.
Bilhetes para este jogo? Sim, havia mas custavam 20 e 30 contos cada o que hoje faria corar de vergonha muita gente. Mas o Sr Linhares entendeu que o SCP era Clube que tinha sócios que podiam pagar. Bolas, os tais reforços vieram a custo zero e porque não pôr os sócios a pagar a crise dos outros. Mas, fomos Campeões. A minha filha via o SCP ser Campeão Nacional na sua existência de 18 anos, uma vez que quando nascera o mesmo Papa viera cá e o SCP também fora campeão. Coincidências!
Passados 10 anos, oiço agora que fomos buscar o "João Pereira, o Sinama Pongolle e de outros se fala" e já gastaram mais de 8 milhões. Muito dinheiro, o que significa que não vindo a custo zero como os anteriores, o SCP jamais será Campeão este ano. Campeão talvez do despesismo de Inverno, embora digam que é a PT que paga. Mas paga o quê? O endividamento crescente do meu Clube que vive crise de títulos no Futebol? Vive crise militante e contínua baixa de assistências; curva descendente de aderentes às famosas "game boxes".

Há algo que terá que mudar. João Paulo II já partiu; a Inês fará 36 anos daqui a 9 anos; jogadores a custo zero nos Natais só mesmo aqueles que estão desempregados há mais de 2 anos.
Que solução, então? Lutar com as armas que temos e quem não tem dinheiro não tem vícios. Porque gastar milhões para ficar em 4ª lugar, eu não aprovo. Que me desculpe o Sinama Pongolle....

Saudações Leoninas a todos os Sportinguistas que ainda acalentam a esperança de um dia virmos a ser Campeões, no Futebol. Tenho para mim como mais certo sermos Campeões no Hóquei em Patins, onde se defendem as cores verde e branco a emoldurar o LEÃO, a custo zero.

RABO DE TORO ESTOFADO

Pois, em Abril de 1989, estive com a minha mulher na Feria de Sevilla e impreterivelmente convidado para uma corrida de touros de morte - coisa que abomino, mas que motivos profissionais me obrigaram a ter que ser politicamente correcto. Às vezes é assim. Confesso que não consegui acompanhar os "olés" e o "matalo" de quem nos convidara, mas aguentei firme as 2 horas que dura a corrida. No final, após a conversa habitual sobre quem mereceu "rabo e orelha", fomos a um dos restaurantes da "REAL MAESTRANZA DE SEVILLA" comer o tipicamente chamado "rabo de toro estofado". Foi a única parte do convite que, efectivemente gostei.

Passaram mais de 20 anos e desde há uns meses que fui surpreendido com "rabo de touro estofado", agora num Restaurante, que recomendo vivamente, localizado nas cercanias da Ota e que dá pelo nome: A PRENSA, pertença do meu amigo Diogo Pinto Barreiros. Pois, não é que esta noite fui lá jantar com a minha família e tive por surpresa este prato delicioso, muito melhor que o de Sevilha!!!

Não tenho nada contra "nuestros hermanos" de quem dizem que de lá nem bom vento nem bom casamento. Mas há uma coisa que eu sei: Rabo de Touro é na Prensa. O da Praça de Sevilha não chega sequer aos calcanhares deste. Eu recomendo uma incursão nA PRENSA, embora sugira uma chamada telefónica prévia, não vá ser dia que haja touro que não dê o rabo.

E para as Sras, eu sugiro que deixem sempre uma vaga no estômago, porque aquela vitrine de sobremesas é de fazer crescer água na boca e chorar por mais.

Ah, e para aqueles que ainda gostam de puxar por umas cigarradas, fica aqui a sugestão: quando reservarem mesa, peçam espaço para "fumadores", porque até essa diferença existe, nos tempos modernos que por aí correm.
Vale sempre a pena visitar a PRENSA.

HORA DE PAZ

É sempre assim! Mais um Natal, mais uma quadra em que se esquece a crise e se esgota o saldo do telemóvel no envio de SMS's mesmo sabendo que estamos parcos em fundo de maneio. Nós os Portugueses somos assim. Gastamos mais que o que arrecadamos e se for necessário amanhã integramos uma manifestação contra os nulos aumentos salariais. E porquê enviar uma SMS a alguém de quem me despedi ontem e a quem desejei "Feliz Natal"? Somos consumistas compulsivos. Está-nos no sangue.
Mas por favor, não deixem de ser felizes se para tal contribuir mais um envio de uma SMS. A malta jovem - e eu conheço alguns - até possuem as 3 redes mas não deixam de ser uns tesos da treta! Fazem figura com 3 modelos de 3ª geração, mas espremido, vale tudo zero! Repito, zero. Ainda sou do tempo em que sem telemóveis se conseguia ia mais longe que hoje em dia. Acho que a malta cansou de querer lutar por aquilo que é mais dificil. A 3ª Geração tornou esta vida uma facilidade incrível. A malta jovem vai sem ter ido onde combinou. Aparece sem estar presente. Desaparece sem ter aparecido. E, sobretudo algumas amigas ainda acreditam que o Pai Natal desce pelas chaminés. Como assim, se as casas agora nem chaminés têm?
Mas hoje é hora de paz, pelo menos onde não há Guerra de Armas. E se estamos em paz, não façamos dos telemóveis uma Guerra da impessoalização na comunicação. Pois, é o que eu dizia atrás: agora até vamos sem nunca ter ido.
Malta, a hora é de paz. Disfrutem das prendas natalícias e da paz familiar.