Ontem foi um dia triste para mim. Perdi um amigo que aprendi a admirar há cerca de 6 anos: Artur da Cunha Rosa, meu companheiro Stromp e único sobrevivente da Fundação do Grupo com o mesmo nome. Era o nosso "mais velho". Não tenho memória de alguma vez o ver ausente a não ser de Setembro pp a esta parte. Decidiu deixar-nos depois de algum sofrimento e a escassos anos de um centenário que merecia. Paz à sua alma. Na ausência física continuaremos o legado que nos deixou, sabendo que estará todos os dias connosco!
A outra notícia triste foi ter tomado conhecimento da partida do meu ídolo político e social desde os meus 8 anos de vida. Foi ainda em Moçambique que pelas rádio chegou a notícia do anúncio da sua prisão perpétua. Criminoso? Apenas porque defendia a abolição das desigualdades entre os que eram da sua cor e os de cor branca que detinham o poder arbitrário, cerceando a liberdade e a igualdade de oportunidades, teimando em manter a África do Sul, maioritariamente escura numa ainda maior escuridão, com fome e repressão. Ainda o tentaram dissuadir de lutar pelos ideais que preconizava. Rejeitou e permaneceu mais cerca de 8 anos de um total de 27, na cadeia. Nunca renunciou aos seus princípios e ideais: UM POVO NÃO PODE ADIAR A SUA FOME NEM SEQUER ADIAR A LIBERDADE. A FAZÊ-LO, ISSO É ADIAR A ESCURIDÃO!
ONDE QUER QUE ESTEJAM, OLHEM POR NÓS. PELA MINHA PARTE, GUARDAREI TUDO O QUE DE BOM DE VÓS OUVI, LI E APRENDI. QUEM CHEGA A 95/96 ANOS TEM QUASE UM SÉCULO DE VIDA INTENSA E DEDICADA NÃO PRECISA DE MAIS APRESENTAÇÕES. FIQUEM EM PAZ, LEÕES!
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