Afinal de contas, quando os apertos aparecem, logo os sistemas corporativos se juntam para defender a sua dama que hoje em dia já dá para ganhar uns bons dinheiros. Falamos da arbitragem do futebol profissional em Portugal. Sei que há uma verdade de Jacques de La Palice que diz que sem árbitros não há jogos. Mas La Palice referia-se a árbitros no sentido de juízes, impolutos, sérios, isentos seja qual seja a sua raça, credo, cor de pele ou cor de clube.
Em Portugal vivemos uma crise de árbitros a quem comumente se chamam, aos dias de hoje, de apitadeiros. O quadro actual de árbitros é este que aqui apresento, em nº de 24. Não se incluem neste rol os "bandeirinhas" nem os observadores, embora alguém os considere serem ambos (bandeirinhas e observadores ) os grandes decisores, aos dias de hoje.
Nome | Idade | Associação |
Nuno Miguel Serrano Tavares Almeida | 41 | Algarve |
António Jorge Gonçalves Ferreira | 39 | Braga |
João Pedro da Silva Pinheiro | 29 | Braga |
Luís Miguel Rodrigues Ferreira | 39 | Braga |
Manuel Mota da Silva | 39 | Braga |
Carlos Miguel Taborda Xistra | 43 | Castelo Branco |
Tiago André Cardoso Antunes | 35 | Coimbra |
Fábio José Costa Veríssimo | 34 | Leiria |
Hélder Miguel Azevedo Malheiro | 36 | Lisboa |
Hugo Filipe Ferreira Campos Moreira Miguel | 39 | Lisboa |
João Carlos dos Santos Capela | 42 | Lisboa |
Tiago Bruno Lopes Martins | 36 | Lisboa |
Artur Manuel Ribeiro Soares Dias | 37 | Porto |
Manuel António Rodrigues Oliveira | 39 | Porto |
Manuel Jorge Neves Moreira de Sousa | 41 | Porto |
Rui Filipe Cunha Folha Oliveira | 33 | Porto |
Rui Manuel Gomes da Costa | 40 | Porto |
Vasco António Moreira dos Santos | 40 | Porto |
João Pedro Sousa Mendes | 35 | Santarém |
Bruno Alexandre da Silva Esteves | 39 | Setúbal |
Bruno Miguel Duarte Paixão | 42 | Setúbal |
João Borlido de Matos | 32 | Viana do Castelo |
Gonçalo Emanuel Paiva Martins | 32 | Vila Real |
Luís Miguel Branco Godinho | 31 | Évora |
A fazer fé nalgumas estatísticas, a População Portuguesa é da ordem de 11 milhões de habitantes. Há um clube que diz ter entre 6 e 14 milhões de adeptos pelo que no mínimo, somos levados a pensar que representarão cerca de 60% da População Portuguesa, residente, em Portugal. Os restantes clubes, mesmo os mais que centenários nunca chegarão a mais que 40% da População Portuguesa residente, em Portugal. Ora isto leva-nos a pensar que dos 24 árbitros da 1ª categoria, poucos haverá com categoria, mas seguindo as estatísticas, cerca de 15 serão também da tendência dos que dizem representar 60% da População Portuguesa residente, em Portugal.
Sobram, então, 9 árbitros que nunca irão assumir a sua cor, porque não têm comportamento como os restantes 15 e facilmente os vemos a assumirem ser do Atlético, do Belenenses, da Académica, do Setúbal ou até do velhinho Salgueiros! Do Porto e do Sporting não devem ser porque não os vemos com o comportamento dos cerca de 15 alinhados com a maioria da População Portuguesa residente, em Portugal. E os que forem, por qualquer razão, conotados como sendo simpatizantes do Sporting, aí temos a certeza que em nada seremos "favorecidos". Pelo contrário!
Vamos deixar-nos de tretas e busquemos as verdadeiras razões que levam a este estado de sítio. Procurem as causas em saber porque chegam a árbitros da 1ª categoria, sem categoria e escutem os Conselhos Regionais nas suas reclamações. Madeira, Beja, Aveiro e Viseu, por exemplo, não têm voz nem categoria para árbitros da 1ª categoria?
Obviamente que o futebol necessita de pacificação. Mas quem começou a guerra? Fica a pergunta fácil para uma resposta complexa e difícil. E os dirigentes também terão que dar um passo atrás para reflectir e procurar as soluções. Tentemos salvar o espectáculo e o que ainda constitui uma mola real na indústria desportiva, o futebol.
A GLOBALIZAÇÃO TAMBÉM TENDE A ACABAR COM A CONCORRÊNCIA. MAS NO FUTEBOL, SE FORMOS PARA A MONOLITIZAÇÃO, DEIXARÁ DE HAVER ESPECTÁCULOS. OLHEMOS PARA INGLATERRA, ONDE ATÉ UM LEICESTER PODE SER CAMPEÃO!
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