CAMPEÕES EUROPEUS SUB 15!

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Villanueva, 31 Out 2017 - Les Casernes

VENCEDORES DA 1ª EDIÇÃO DA ELITE CUP DE HP!

VENCEDORES DA 1ª EDIÇÃO DA ELITE CUP DE HP!
Coimbra, 16-18/09/2016

TAÇA ANTÓNIO LIVRAMENTO É NOSSA!

TAÇA ANTÓNIO LIVRAMENTO É NOSSA!
Setembro Aljustrel, 27 Setembro 2015.

A TAÇA É NOSSA!

A TAÇA É NOSSA!
Igualada, 26 Abril 2015!

LIVRAMENTO AO RUBRO!

LIVRAMENTO AO RUBRO!
Mustang trepa a rede, 12 Outubro 2014

JUNIORES VICE-CAMPEÕES NACIONAIS 15/16!

JUNIORES VICE-CAMPEÕES NACIONAIS 15/16!
VALONGO, 24 JULHO 2016,

VOLTOU A PAIXÃO!

VOLTOU A PAIXÃO!
André Pimenta - Loures - 12 Jan 2013.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

E DEPOIS DO ADEUS!


Na madrugada de 25 de Abril, ao som de "E depois do adeus", cantado por Paulo de Carvalho, dá-se a senha para aquela que viria a ficar chamada "Revolução de Abril, dos Capitães e dos Cravos". Pelas 07h40, estava a chegar à Escola de Santo António no Estoril - Salesiana. Da portaria vinha a notícia de que nesse dia não ia haver aulas porque estava a haver uma revolta no País e Lisboa estaria cercada de blindados e militares. No nosso horizonte e na linha da praia do Tamariz havia uma fragata da Marinha. 

Tinha 17 anos e meio e frequentava o 7º ano de Liceu e tudo indicava que com as notas que apresentava eu fosse candidato à Universidade para seguir Direito ou Medicina ou até Engenharia. Mas na minha consciência estava bem presente a ideia que não iria nunca à Guerra Colonial onde já havia perdido primos, em combate ( na Guiné e em Angola ). Este País passou a merecer-me e desisti de emigrar e a Bélgica seria o meu destino com passagem por Espanha e França, aproveitando a campanha da apanha das frutas e do tomate!


Nesse dia com um grupo de mais amigos conseguimos chegar a Lisboa/Cais do Sodré. O ambiente era ainda tenso mas os jovens nada temem quando acreditam em ideais. Passámos pelo Largo do Carmo onde não cabia uma agulha. No final da tarde regressámos à Linha e cada um foi ao seu destino. Muito se especulava e é bem certo que regressámos aos nossos recantos sem saber muito bem a motivação de toda esta revolta porque, como bons Portugueses, todos nós especulamos um pouco na hora da vitória. Só umas semanas mais tarde vem para a ribalta o nome daquele que para mim teve a chave que abriu as portas de Abril: um capitão vindo de Santarém, com 29 anos e de seu nome Salgueiro Maia!



O País sorriu e libertou da alma os quase 50 anos de vida cinzenta, sacrificada e sofrida. Para trás ficava uma Guerra Colonial perdida, milhares de filhos da pátria sacrificados às balas da guerrilha africana, viúvas e órfãos que não mereceram perder os seus entes queridos a troco da teimosia de uma ditadura que escolheu viver orgulhosamente só e fechada ao Mundo que séculos antes ajudara a descobrir. A liberdade nem sempre significou respeitar o outro. Houve na transposição fenómenos de atropelo e sinais de libertinagem que alguém mais tarde ajudou a travar. Passar do 8 para o 80, sem ter vivência democrática poderia ter feito cair o sonho dos Capitães de Abril, genuíno na sua gênese. Como Salgueiro Maia dizia mais tarde e algo desapontado depois de ter dado o corpo ao manifesto "não se preocupem com o local onde sepultar o meu corpo. Preocupem-se é com aqueles que querem sepultar o que ajudei a construir". 


Após a revolução e questionado "E agora Capitão Maia? Ele respondeu: "Agora é importante que todos os Portugueses se compenetrem que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade dos outros". Partiu ainda novo e não devidamente justiçado pela dedicação e entrega ao espírito de Abril que abriu caminho à democracia. Nunca andou em bicos de pés nem cedeu ser lambuças da partidocracia. Morreu em pé, com a alma limpa e seguramente com a certeza do dever cumprido. É o meu ídolo de Abril. Onde estiver, Enorme Capitão, saiba que há muita gente que se dobra em sua memória, na passagem dos 40 anos da Revolução, embora tenhamos uma classe política dominante que nasceu depois de se ter ouvido a senha " E depois do Adeus" na mágica madrugada de 25 de Abril de 1974!

O NOSSO BEM HAJA CAPITÃO SALGUEIRO MAIA. OS TEMPOS QUE CORREM MERECEM QUE FAÇAMOS UMA REFLEXÃO SOB PENA DE NÃO CHEGARMOS A COMPLETAR O CINQUENTENÁRIO DA LIBERDADE!

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