Hoje vou discorrer sobre o que costumo fazer nos dias 25 de Dezembro desde há 13 anos a esta parte. A consoada é normalmente passada em família, com os filhos e os que nos precedem. Ultimamente sou eu e a Chefe que vamos a casa da filha, porque já há uma netinha e vem aí um príncipe, a caminho. O dia 25, de manhã, tem sido ocupado por uma caminhada longa de cerca de 2 horas. Em Trás-os-Montes, quando íamos visitar a avó Maria, fazia-a debaixo de frio intenso e por vezes com gelo e nevoeiro pela estrada curvilínea, paralela ao Tua e sua Linha férrea, que liga o Cachão a Vilarinho da Azenha. Em Lisboa, o percurso faz-se com a revisitação de Moscavide, Olivais, Encarnação e área da Expo.
Aqui, é dificil encontrar local para o café da manhã. Invariavelmente tem que ser numa cafetaria indiana que revisito todos os Natais onde a pastelaria tradicional é substituida pelas saborosas chamuças. O que encontro pelo caminho é sobretudo ruas despidas de gente e o silêncio de quem ainda descansa da consoada. Respira-se mais puro porque também há menos lixo nas ruas, quer em volume quer em restos de repastos. Reparo ainda que há uma diminuição de regalos em caixas e isso pode também querer significar que há menos crianças para além de também poder querer significar menos dinheiro nos bolsos dos doadores de prendas.
Aumenta a quantidade de pessoas que vão rebuscar os caixotões de lixo na esperança de encontrar alguma comida ou uma roupa deitada fora ou ainda um envelope mal esvaziado onde se pode encontrar uma nota de 10 euros, novinha em folha.
O NATAL SEGUIRÁ SENDO UM DIA QUASE IGUAL AOS OUTROS, SÓ DIFERENTE PELO SILÊNCIO DE CADA MANHÃ APÓS A CONSOADA. VAI CONTINUAR A BUSCA NOS CAIXOTES, OS ENVELOPES CADA VEZ MAIS VAZIOS. E OS BOLSOS TAMBÉM. APENAS OS NOSSOS CORAÇÕES SEGUIRÃO CHEIOS DE ESPERANÇA NUM NATAL MUITO MAIS PRENDADO E RUIDOSO!
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