CAMPEÕES EUROPEUS SUB 15!

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Villanueva, 31 Out 2017 - Les Casernes

VENCEDORES DA 1ª EDIÇÃO DA ELITE CUP DE HP!

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Coimbra, 16-18/09/2016

TAÇA ANTÓNIO LIVRAMENTO É NOSSA!

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Setembro Aljustrel, 27 Setembro 2015.

A TAÇA É NOSSA!

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Igualada, 26 Abril 2015!

LIVRAMENTO AO RUBRO!

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Mustang trepa a rede, 12 Outubro 2014

JUNIORES VICE-CAMPEÕES NACIONAIS 15/16!

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VALONGO, 24 JULHO 2016,

VOLTOU A PAIXÃO!

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André Pimenta - Loures - 12 Jan 2013.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

REGRESSO A TETE - MOÇAMBIQUE


Em Out 1958, eu, o meu irmão com 9 meses e a nossa mãe, chegámos a Chicoa, Distrito de Tete, como se dizia no tempo Colonial. Encontrámos o meu pai que havia sido emigrado compulsivamente, após um conturbado período eleitoral de Humberto Delgado.
Por este Distrito andámos durante 6 anos e algo. Vivemos em sítios diversos como Zumbo ( historicamente o local de feira de escravos ), Magoé, Mukumbura, Fingoé e Songo ( aldeia hoje submersa pela enorme Barragem de Cahora Bassa ). Neste último local tinhamos praia fluvial no Zambeze e a visita de Hipopótamos e Crocodilos.
Quando aportámos em Chicoa, recordo-me que éramos os únicos da nossa raça e de termos sido bem recebido, ao som de danças e cantares locais. Rapidamente nos adaptámos aos usos e costumes dos nativos. Inclusivamente a lingua.

Gostei "maningue" deste tempo da minha infância.



Tete, é hoje uma Província de Moçambique, com uma superfície de mais de 97.000 km2 ( maior que Portugal Continental ) e terá hoje cerca de 1.5 Mio Habitantes ( Como Lisboa, possivelmente). Mas há espaço e tempo para tudo. A densidade populacional é de 4 a 6 habitantes/km2. Aqui em Portugal há sítios em que num km2 temos 5 e até mais que 10.000 habitantes. Vivemos em altura, suspensos no ar e fora do contacto com a natureza.

Em Tete, aprendi a conviver com a Natureza mais selvagem: a comer bananas colhidas directamente da "fruteira"; as mangas das frondosas mangueiras; a dormir uma sesta, só em tanga, debaixo de um Embondeiro, ou a dar um mergulho no Zambeze, sempre a pau com os Crocodilos e os Hipopótamos. Os meus colegas, nativos, ensinavam-nos os truques para sobreviver aos perigos. Nas aldeias brincavamos com os "chatos" dos chipamzés que frequentemente nos visitavam. Em suma, faziamos o nosso safari diário sem necessidade de alugar uns jeeps e um guia.

Era tudo "in situ".



 Tinhamos uma vantagem que eram os passeios que fazíamos ao Malawi, Zâmbia e Zimbabwe ( à data Rodésia com capital em Salisbúria). Iamos em jeep Land Rover, daqueles com degrau atrás, de caixa aberta e dois bancos corridos, em madeira. Viagens aos solavancos, mas divertidas, por permitirem autênticas aventuras, no mato; no atrevessar das ribeiras e de lagos, em jangadas de madeiras sobre bidons; o passear de piroga nas águas perigosas do Zambeze.

Enfim, uma infância que ainda hoje gostaria de re-encontrar. Ficou lá sangue semelhante ao que herdei do meu pai, mas já não sei se ainda conseguirei encontrar alguém da minha geração.

Tivemos que regressar em finais de 1964, também por recomendação de alguém que ia começar a reinvidicar a Terra que era sua e não nossa. Para evitar males maiores, o meu pai decidiu aconselhar a família a regressar e por isso eu digo que sou "Retornado", mas de 1964.
KANIMAMBO Moçambique! KANIMAMBO Tete!

9 comentários:

Anónimo disse...

Blog variado e assim tem interesse em visitar. Parabéns.
José Silva

Antonio Nabais disse...

Revivendo a infância.

Tomada de posse do PR com festa rija na Praça da Independência.

GDB disse...

Praça essa que à data tinha outro nome. Sabe, amigo Nabais? Temos que ganhar no futebol para a "malta" alegrar. Em Luanda a esta hora deve haver festa rija, também. O futebol, infelizmente, ainda é o escape de muitos povos
Um abraço e novamente kanimambo!

Antonio Nabais disse...

Era a Praça Mouzinho de Albuquerque!

A estátua ainda se encontra na Fortaleza, bem como outros simbolos do passado colonial.

Curiosamente assentei praça (1978) no então R. de Infantaria de Elvas onde existia tambem a parada Mouzinho de Albuquerque. Na altura informaram-nos que daquele quartel havia saido Mouzinho de Albuquerque para a Campanha dos Vátuas em Moçambique. As casernas, abobadadas e compridas (eram as antigas cavalariças) tinham nomes como Chaimite e Chinavane!!!

Aqui em Maputo, vivo a duas Avenidas da ex - Praça Mouzinho de Albuquerque, da Sé Catedral.


Coincidências, digo eu!!!

Os Mangolês lá se safaram ontem. Os Mambas têm tarefa difícil amanhã!

Abraço

Anónimo disse...

Mouzinho, um homem "pacificador" pela força e ferros. Subjugou populações ao regime colonial e capturou Gungunhana. Como poderia ele ficar na História deste País? Nós cá também mudamos Ponte Salazar para Ponte 25 de Abril

Anónimo disse...

IMAGEM DA CHIMPAZÉ MÃE ESTÁ TERNURENTA

Gabriela Dias Borges disse...

Um dia hás-de levar-me a esta tua terra de q falas c tanta saudade, ok? Talvez lá p os 35 anos de casados... se n houver jogos importantes nalgum escalão!!!
Bj

Antonio Nabais disse...

D. Gabriela,

A solução:

Marcam-se uns jogos para cá, em data conveniente, assim o Eng não tem desculpa para não vir!

Aconselho vivamente Pemba, (ex-Porto Amélia), de onde a minha esposa é natural. Belíssimas praias, bom peixe, marisco e boa gente.



http://pesodaregua.com.br/pembalvarinho2.htm

GDB disse...

Aos 35 anos de casados? Há tanto tempo? Ena, como passa a vida! Se tudo correr bem vamos lá antes. O Nabais servirá de conselheiro para os sitios a visitar. Mas eu quero voltar às aldeias onde estive e recordar por exemplo a descida de Chicoa, onde com 6 anos me pûs a conduzir um jeep. Ehehehehe. Nem imaginam o susto. Depois fui castigado pelo Daimone. Nem vos digo quantas reguadas levei.
Ok, mas vamos a Pemba!